quinta-feira, 22 de março de 2012


sábado, 17 de março de 2012

Arcas das Letras

No Ano de 2011 Muquem de Sao Francisco pelo MDA Conseguiu o acervo de 14 Arcas das Letras (com um acervo riquíssimo em todas as áreas da literatura ate livros como gibis cordel e autores populares) muitas comunidades foram beneficiadas co esse mobiliário que fica na casa de uma pessoa da comunidade (voluntario) como: Javi, Reforma Anice, Piragiba, Santa Barbara, Galegos, Fazenda Grande, Pedrinhas, Passagem, Barreiro da Passagem, Riacho de Serra Branca, Magas, Quilombo Jatobá. Um ano Atrás em 2010 nas comunidade de Três Morros, Cipó, Aldeia Kiriri e Manoel Dias já existia essa iniciativa, e como o resultado vem cedo positivo com a população durantes estes anos de Arcas, em 2012 vamos completar as comunidades que não tem essa mini biblioteca itinerante com mais seis ARCAS DAS LETRAS.A contra partida do Secretaria de Educação Cultura esporte e lazer, Prefeitura Municpal de Muquem e fazer com que toda a população Sao Franciscana tenha acesso a Leitura, Educação e Cultura.   

Projeto Redemoinho Girando com a Cultura



O Projeto Redemoinho Girando com A Cultura Popular vai passar por Três comunidade de Muquem de São Francisco, e neste dia 10 Sábado fez a sua Primeira Apresentação envolvendo toda comunidade da Sede com o Grupo de Teatro da Sede Chama Vida fazendo abertura do Evento. O Projeto traz as Lendas do Velho Chico em Forma de Teatro com a Cia de Teatro Mistura de Ibotirama contando a Lenda do Negro D aguá, A Mulher de Sete Metro e o Velho Carro de Boi que aparece numa encruzilhada em forma de cordel, os mistérios dos causos com Joilsom Melo contador de Historia e Finalizando com O Grupo de Samba de Roda de Reforma Santa  confira as fotos do evento.  

Grupo de Teatro Chama Viva 
Lenda da Mulher de Sete Metros; Muitos Risos e Mistérios 
Cia de Teatro Mistura caminhado pelas ruas de Muquem Convidados as pessoas que estava nas portas
Lenda do Velho Carro de Boi 
Contando na Biblioteca Itinerante Lendas de Casadores e Mitos, como Virgulino Ferreira o Lampião  
O BARRO 
O Homem veio da Terra e pra Terra ele Voltara
Grupo de Samba de Roda de Reforma Santana 

Resultados das Oficinas de Cordel do Projeto Semana dos Cordelistas Velho Chico



As Oficinas de Cordel Aconteceram em 7 comunidades de Muquem: Boa Vista do Pixaim, Aldeia Kiriri, Fazenda Grande, Sede, Javi, Manoel Dias e Reforma Santana. Aqui tem algumas poesias elaboradas nas Oficinas.
EU JÁ VI NO JAVÍ
 
No pequeno povoado
Tudo foi elaborado
Com ajuda de todos
Tudo isso foi montado
Com muita atenção
Ficou tudo preparado.

 Foi um pequeno nome
Por todos foi escolhido
As pessoas concordaram
Sem nenhum contra partido
E assim passaram os anos
O povo junto e reunido.

Tudo começou aos poucos
Com muita gente guerreira
Com o tempo foi aumentado
Como uma grande poeira
Tudo estava crescendo
Como uma brincadeira...

Um lugar não muito grande
Um grande boato a rolar
Uma grande sacanagem
Uma criança foi estuprar
As pessoas pediram justiça
Para o homem condenar.

O homem foi condenado
E num pneu foi jogado
Para pagar pelo que fez
Pelo povo apedrejado
No final de tudo isso
No fogo ele foi queimado.

A justiça se recusou
Aquele homem prender
As pessoas reclamaram
Pois ele tinha que sofrer
A dor que o menino sentiu
No fogo ele foi arder.

Autores: Alunos da 8ª da Escola Municipal Limoeiro, de Javí, Muquém do São Francisco-Bahia
 kely Oliveira de Aquino, Maísa Brito dos Santos, Kayla Tassillen dos Santos Castro, Letícia Araújo dos Santos



 ÍNDIOS KIRIRI

A Natureza nos deu alegria
O colorido especial do cocar
Adornando corpos de índios
Como o penacho e o colar
Ynajara fica apaixonante
Yaquirana linda como o mar.

Janaina, uma deusa Tupã
Nas noites que se dança toré
Taynan efeita o pescoço
Pra celebrar o ritual de fé
Encanta o sultão da mata
Abençoa o médium pajé.

Ao som musical do maracá
Vindo do coco e da cabaça
Entrelaçando ruídos variados
Mantém-se a cultura da raça
A tanga em fibra de caroá
Deixa a índia cheia de graça.

É do paú que vem o enigma
O cachimbo feito de jurema
Com o seu sagrado mistério
Tanto encanta Yracema
O caboco pena branca
De tudo isso faz seu tema.

Dos encantados vem a fé
Conta dona Maria Kiriri
Que é na casa da ciência
Que bebe aipim, o cachiri
Vinho de milho burié
Pra celebra o tupi guarani.



FAZENDA GRANDE

Às margens do Velho Chico
Entre colchetes e cancelas
Fica a Fazenda Grande
Do artesanato de celas
De terras de fazendeiros
São deles grandes parcelas.

Das terras ali cercadas
Cercando os moradores
Tantas famílias sem posse
Nas mãos dos tais senhores
Empurrando para o barranco
Sem ouvir os seus clamores.

O povo parece gado
Cercado e espremido
De arame liso-farpado
Berrando o seu gemido
Quase preso, encurralado
Num grito quase contido.

Da Boa Vista à Pedra Negra
Estende-se o povoado
Lugar de gente humilde
Que pelo Rio é banhado
Alimentando a todos
Com seu liquido sagrado.

Padroeira Senhora Santana
Protege a comunidade
Intercessora do povo
Com simplória lealdade
Intercede a Deus pai
Que vivam com dignidade.

Que mantenha a tradição
Dos velhos antepassados
Nezim, Nizam Guerreiro
Pascoal, casos contados
Carrim, nativo homem
Ternamente são lembrados.

Baseado nos depoimentos de:
Givaldo e Reinaldo, de Fazenda Grande
, Muquém do São Francisco, Bahia


MUQUÉM DO SÃO FRANCISCO

Muquém do São Francisco
É um lugar todo especial
Aqui tem muitos habitantes
Sua maioria na zona rural
Sobrevivem da agropecuária
A labuta é sem igual

O nome dessa cidade
Duma árvore foi tirada
E assim ela foi crescendo
A idéia que foi plantada
A árvore do sertão
Que a cidade foi batizada

Se localiza no nordeste
É um lugar seco e quente
E todos que vivem nela
Costuma ser inteligente
Foi desbravando a terra
Com um punhado de gente

Na divisa, um belo rio
Do outro lado, Ibotirama
Uma ponte, uma passagem
O poeta que se inflama
Da paisagem deslumbrante
Ó Muquém de linda fama!

Dantes tudo muito simples
Casa de palha e de barro
O transporte, o jumento
Era de fato o melhor carro
Tração a quatro pernas
Palha de milho pra o cigarro

E na cultura popular
Samba de roda e reisado
No bate-pé dos cantadores
Celebrando o santo amado
O povo todo se diverte
Pra festejar o seu legado


Foi com grande dificuldade
Que a água doce chegou
Por entre serras e canos
Depois que muito se falou
Água doce não chega não!
A conquista, então, jorrou.

Aqui é lugar de terra fértil
Onde cresce a plantação
O povo é muito resistente
E tem a divina devoção
Recinto de gente de fé
Do Santo São João.

Padroeiro São Francisco
Ele nos abençoou
De menino aos mais velhos
 A água batismal não se caçou
De correr nas faces ribeirinhas
E o povo as lagrimas se esmiuçou